Na manhã desta quinta-feira (19/09), a procuradora de Justiça Jussara Maria Pordeus e Silva deu início à programação do 8º Seminário Goiano de Ouvidorias Públicas com a palestra “Ouvidoria da Mulher e busca ativa de demandas”. A palestrante, que também é ouvidora-geral do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) e presidente do Conselho Nacional de Ouvidores do Ministério Público (CNOMP), detalhou as atividades desenvolvidas pelo projeto Ouvidoria da Mulher, além de trazer reflexões sobre o trabalho do órgão.
Durante a palestra, ela apresentou os principais canais de denúncia da ouvidoria, além da Carta-Resposta, um novo instrumento que amplifica a voz das populações do interior, e a busca ativa em maternidades, que inclui:
- Divulgação da Ouvidoria da Mulher nesses espaços,
- Distribuição de kits de higiene para mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica;
- Breve conscientização a respeito dos tipos de violência contra a mulher, por meio da cartilha gratuita “Orientações sobre Prevenção e Combate à Violência contra a Mulher”.
“Na hora da denúncia, a mulher precisa estar esclarecida do que vai acontecer. Onde ela vai denunciar, como essa denúncia será processada e o que vai acontecer desse momento em diante”, afirmou a procuradora de Justiça durante a palestra.
Ao final, Jussara Pordeus reforçou um pedido para que haja uma capacitação contínua das equipes nas ouvidorias. “Os cursos são muito importantes. Essas equipes precisam ser treinadas para compreender questões de gênero, incluindo dinâmicas de poder, discriminação e violência, pois temos muitos desafios pela frente”, concluiu.
O evento
A programação do 8º Seminário Goiano de Ouvidorias Públicas prosseguiu com a palestra “Ouvidoria – Ressignificar para ir além”, sob a batuta de Paulo Henrique de Souza, gerente do Laboratório de Inovação e Desenvolvimento de Pessoas (PequiLab), órgão do Governo do Estado de Goiás.
O encerramento trouxe um debate sobre assédio moral, com os especialistas Reonauto da Silva Souza Júnior, auditor de Finanças e Controle na Controladoria-Geral da União (CGU) e corregedor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); Kathia Maria Bomtempo de Albuquerque, desembargadora do Trabalho e ouvidora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 18ª Região; e Marina Cançado, psicóloga da Divisão de Saúde do TRT da 18ª Região.
Texto: Lennon Costa
Foto: Divulgação