O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro participou, nesta quinta-feira (24/05), do segundo dia do V Fórum de Ouvidorias Públicas do Estado do Rio de Janeiro, realizado na Uniabeu, centro universitário localizado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A instituição esteve representada no painel “Ouvidoria em Cena”, realizado às 13h, com a participação do ouvidor do MPRJ, procurador de Justiça José Roberto Paredes, que tratou do tema ‘Ouvidoria Itinerante’.
“Fizemos a nossa estreia há cerca de dez anos e, desde então, participamos de 95 eventos, já somamos mais de 23 mil atendimentos, com 670 comunicações geradas. Buscamos sempre estar presentes, mais próximos da população, levando nossa palavra, atenção e informações relevantes. Essa é a nossa responsabilidade social, deixar a população mais esclarecida sobre seus direitos – e isso ganha ainda mais importância neste momento de crise do Estado do Rio”, pontuou o titular da Ouvidoria/MPRJ, que fez referência a um dos clássicos da música popular brasileira – ‘Nos bailes da vida’, de Fernando Brant e Milton Nascimento. “A Ouvidoria tem de ir aonde o povo está”, resumiu.
Outros aspectos foram destacados pelo procurador José Roberto Paredes, como a presença da Ouvidoria/MPRJ em ações sociais realizadas em comunidades carentes do Rio, com a presença de tendas e ônibus de atendimento, e também em eventos temáticos, como as caminhadas do Dia Internacional da Mulher, da conscientização sobre o Autismo e o CaminhaDown. Neste sábado, 26 de maio, a Ouvidoria/MPRJ estará presente na 27º edição da Ação Global, que será realizada na quadra do Salgueiro, no Andaraí, Zona Norte do Rio.
“Mais uma vez, estaremos à disposição para recolher as demandas, ouvir a população acerca de seus problemas nas mais diversas áreas de atuação do MPRJ, tais como educação, criminal, consumidor e meio ambiente”, explicou ele, que encerrou sua apresentação com uma citação do procurador de Justiça aposentado Adalberto da Costa Dórea sobre a essência da atividade de ouvidor, que exerceu no Ministério Público da Bahia. “Escutar para poder agir. Agir para que os sonhos, sonhos que não são seus, vivam no coração de muitos”.
Também participou do debate, que teve a mediação de Flavio Vieira, chefe de gabinete da prefeitura de Belford Roxo, o ouvidor da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Pedro Strozenberg. “Penso que o papel de nossa ouvidoria, que possui caráter externo, é atuar para o atendimento das demandas pessoais e, ao mesmo tempo, influenciar na agenda pública, com seu potencial de gerar transformação social, de aspecto coletivo”, afirmou, destacando ações recentes da instituição, em especial no contexto da intervenção federal na segurança pública do Estado, como a oferta de curso de capacitação sobre garantias legais em territórios instáveis e o projeto Circuito Favela por Direitos.
Ouvidor da BR Distribuidora, José Eduardo Romão foi o terceiro palestrante do painel. “Nosso trabalho deve se equilibrar entre o livre exercício da crítica e a lealdade institucional. Por isso, não estou subordinado ao presidente, e sim ao conselho administrativo. O ouvidor precisa manter distância salutar em relação ao gestor, o que é vital para o exercício de sua função sem submissão, de forma independente”, exemplificou, informando que a atuação da Ouvidoria gera economia para a empresa, por meio da mediação de conflitos e resolução de problemas, que não chegam a ser judicializados, e também por seu perfil propositivo. “Medimos o grau de competitividade, fazemos análises de mercado e ajudamos na elaboração de estratégias, numa atuação integrada com a gestão, para traçar um plano de negócios mais eficiente. E temos obtido ótimos resultados”, festejou.